segunda-feira, 26 de março de 2018

São Silvestre de Coimbra

A última do ano. Ao contrário do que previ, a presença no Biorun, não foi a última prova que realizei. Uma São Silvestre teria que pertencer ao meu calendário, e à última da hora eis que decido participar, e numa situação bem diferente do normal. Pela primeira vez corri com um dorsal diferente, e de uma rapariga que não teve oportunidade de participar, e ficou a participação à minha "responsabilidade".
A São Silvestre de Coimbra, já no penúltimo dia do ano tinha apenas 8 quilómetros, com 9 anunciados. Mas não eram assim tão fáceis como pensava ser, mas já lá vamos.


Numa tentativa de fugir à gripe lá por casa, no último dia antes da prova, conseguiu apanhar-me. Felizmente ainda fui a tempo de a minimizar e não ter grandes efeitos, mas o nariz ranhoso e a respiração mais “abandalhada” estava lá. Mas uma corridinha, e umas suadelas seriam o suficiente para aliviar esta constipação certo? Claro que sim!
Ora após um dia a prometer chuva, mas gotas nem as ver, eis que ao anoitecer, elas aparecem mesmo perto da hora de partida. Se seria uma estreia a correr com dorsal de outra pessoa e sexo diferente, a chuva em provas também foi a minha estreia. Tempo para novidades em todas as vertentes.

Ao contrário do habitual, consegui colocar-me mais ou menos na frente do pelotão, e rapidamente comecei os primeiros passos de corrida. Estava com receio da chuva e do frio que piorassem a minha gripe, e o tempo de espera para arrancar ainda me preocupou mais. Contudo após o arranque, e devido às descidas iniciais, mantive um ritmo bastante bom nos primeiros quilómetros, estando o motor a responder bem. A chuva manteve-se miudinha, mas sem ser o suficiente para arrefecer os motores. Aos poucos já queria tirar camisola de manga comprida que levava e tudo. Mangas arregaçadas e vamos enfrentar o boi de frente.

Após algumas descidas, nos 2 primeiros quilómetros, o cenário muda de figura e andamos em terrenos bem mais planos até ao quilómetro 5. Possibilidade de manter um bom ritmo e tentar fazer um bom tempo, mas o que era bom acaba depressa, e foi verdade.
Já me tinham avisado que havia uma altura em que teríamos uma subida bem agreste que complicava a prova. E verdade seja dita, se tivermos em conta o acumulado positivo da prova, ele estava todo representado nestes últimos 3 quilómetros.
A velocidade abrandou, as pernas ainda iam respondendo, mas a caixa estava lixada. A constipação entupiu os canais todos, e estava a faltar caixa para conseguir acompanhar as pernas.

Bem, acaba-se aqui a prova e pronto? Nem pensar. Se nas subidas abrandava e bem, o ritmo, nas descidas abusei, abusei e bem. Piso molhado? Quero lá saber, siga para frente.
Olho para o relógio, e vejo que íamos com 7 quilómetros, e penso que restam 2, então vamos lá acelerar isto que ainda aguento com estas descidas.
Última subida e ouço o speaker, acho estranho, mas penso que ainda poderíamos o contornar de alguma forma para chegar à distância anunciada, mas não, foram apenas 8 quilómetros.

Ainda consegui terminar com 35 minutos, melhor tempo do que o julguei fazer. A gripe, felizmente manteve-se bem escondida, e fugiu para outras paragens.

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